Monday, July 18, 2016

Minha Família de quatro patas


Eu nunca havia tido contato próximo com nenhum animal de estimação até Janeiro de 2014. Minha mãe é completamente avessa a animais de estimação. Meu pai teve diversos gatos quando era vivo mas eu tive pouco contato com eles. Mas quem sai aos seus não degenera, já dizia o ditado.

Dia 5 de Janeiro de 2014, voltando da feira da Afonso pena, eu adotei minha primeira gatinha: Chiara (mais conhecida como Kiki, Kikizinho para os íntimos). Uma linda gatinha preta como a asa da graúna. Kiki não gosta de colo mas é uma excelente companheira. Deita-se ao nosso lado, sempre querendo participar das coisas mas mantendo seus limites. Carinho só um pouco e quando ela quer. Contudo faz festinha quando a gente chega. Deita ao lado das pessoas que estão tristes. Rouba bolos dos desavisados (mas isso é assunto para outra ocasião). Muito fofa.





O meu amor por ela é tão avassalador que comecei a amar todos os bichos então, uma ano e meio depois, após comer uma cachorro quente com meu marido, conheci uma cadelinha muito inteligente. Magrela e esperta ela veio nos seguindo discretamente até em casa. Algo nela é extremamente carismático. Talvez a pelagem descabelada e loura, que lhe rendeu o apelido de Estopinha, ou a carinha de alegre, não sei ao certo. Fato é que ficamos tocados por ela e decidimos que seria uma boa coisa adotá-la. Levamos ao veterinário para dar banho, tosar e fazer consulta (vacinas, vermifugos etc). Convivendo com ela percebemos que ela era uma lady, meio espoleta, mas come com uma delicadeza inigualável. Ama andar de carro (ao ponto de entrar se você bobear)!



Isso era dia 02 de Julho. Eis que no dia 14, acordo pela manhã e Nina teve um filhote!? Sim, ninguém sabia que ela estava grávida e ela não fez nenhum barulhinho sequer... Como ela veio com uma Surpresinha, resolvemos chamar sua única filhotinha de Kinder!



Kinder além de mimada virou o dobro do tamanho da mãe! Kikizinho continuou mandando no quintal mas todos se davam bem. Kinder e Nina as vezes levavam uns tapinhas da Kiki quando ficavam muito loucas e barulhentas perto delas. E devo dizer elas são duas loucas. Come tudo: pregador de roupas, as próprias roupas do varal, cimento, madeira... Tudo! Além de gostar de brincar fazendo som de zumbis! Agora que estão maiores estão mais obedientes e menos destruidoras.

Em Abril de 2015 minha tia me avisa que um filhotinho de gato entrou no motor do carro dela. Como ela não iria ficar com ele e não tinha achado um lar eu prontamente o peguei. Ele era ela. Matilda! Linda de morrer. Frajolinha de pelo longo e extremamente carinhosa com meu marido e eu (apesar de se esconder sempre que alguém chegava a minha casa). Ela adorava amassar pãozinho então bastava ver algum de nós deitados para subir e massagear! Delícia!



 Ela conseguia até a proeza de fazer a Kiki ficar dando "banho" nela! Resmungava mas abraçava ela e lambia! Até dormiam juntas! As cachorras amavam ela! Ela dormia com elas, deixavam elas lamber! Um dengo só!

Um mês depois, indo para o trabalho vi de longe um gatinho. Pensei que Matilda tivesse fugido quando eu sai, sem que eu percebesse. Voltei correndo para pegá-la e levar para casa. Mas qaundo me aproximei vi que não era Matildinha! Era um gatinho lindo e manhoso que ronronou assim que eu o peguei no colo. Ele tinha o mesmo tamanho da Matilda mas o porte diferente. Peguei e levei para casa para dar água e comida e ver o que fazer.

Ficamos sabendo que a vizinha o "criava" na rua (deixava comida numa saquinho no portão pra ele) por que a netinha dela havia o encontrado mas a mãe não deixou ela cria-lo no quintal. Eu fiquei horrorizada. Perguntei se poderíamos procurar uma família para ele já que uma de nossas gatas ainda era novinha e nao tinha sido castrada (estava marcada para um mês e meio depois) e que era perigoso para o gato e para nós mate-lo na rua sem remédios e sem castrar. Ela aceitou já que não poderia se responsabilizar por ele. Fomos a uma ONG mas estavam abarrotados de animais. É muito triste ver os bichinhos suplicando por amor... De cortar o coração. Então decidimos ficar com ele. Matilda e ele se deram bem instantaneamente (o mesmo nao ocorreu com Kiki). E virarm um casalzinho inseparável! Como ele era cinza, astuto e lindo recebeu o nome de Kakashi!




Nossa família era muito feliz até o fatídico dia 06/01/2016 quando minha amada Matildinha foi envenenada. Não quero entrar em detalhes sobre isso agora por que é um assunto muito melindroso para mim! Tenho milhões de coisas para dizer a respeito e o farei num post exclusivo sobre isso.

Só posso dizer que nem o canto dos pássaros conseguiam penetrar o vazio imenso que tomou conta de nossos corações nesse dia. Revolta, tristeza e choque ficavam se alternando num furacão de sentimentos. Quando parecia que não iriamos suportar a dor dessa perda brutal tomamos a decisão de adotar um filhotinho. Precisávamos da alegria de um filhote para combater a desesperança que tomou conta de nossas  vidas (que já estava cheia de mudanças de outras naturezas). Foi então que conheci Amora!


Amora era uma gatinha tímida que foi se soltando aos poucos e ficando cada dia mais linda e carinhosa! Ela morre de amores pelo meu marido! Muito fofa! Mas parece que não estava destina a ficar só por que no mesmo dia em que ela chegou, quando tive que ir na casa da minha mãe, encontrei um gatinho preto bebe (como eu havia sonhado que iria encontrar) miando insistentemente na rua. Não pensei duas vezes, levei para casa. E ele era lindo! Parecia um ursinho. Gordinho, peludinho e minúsculo! Devia ter no máximo um mês. Amora tinha quase dois meses e tinha uma irmãzinho preta (que não trouxemos). Eles viram irmãos imediatamente. Chamei-o de Bartolomeu!




E assim cheguei a absurda soma de quatro gatinhos, duas cadelinhas loucas e dois humanos e meio (que as vezes meu enteado vem animar a patota) numa casa!  É muito amor!


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